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Tradição vs Não tradição

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Publicado em 08/06/2015

Caros, esse não é um texto que pretende ser bairrista, mesmo porque eu amo o Rio de Janeiro e juro que adoraria morar por lá.

É apenas uma pequena análise do que eu vi sábado, 06 de junho, na V Copa Titanium, primeira vez acontecendo em São Paulo.

O evento foi organizado, estava cheio e tiveram boas lutas. Apesar de muita gente ter ficado desapontada com o resultado da luta entre o Saulo Salge e Marcos Vuvuzela (empate), ouvi por aí que os juízes de mesa mandaram bem, inclusive nessa luta.

Gostei muito dos lutadores, diferentes do último evento que eu fui em São Paulo que não demonstraram tanta técnica.

Luta do card preliminar: Leandro Duarte (013) Vs Cadu Portela (Fenix Top team)

Longe de mim fazer uma avaliação de todo o evento. Espero mesmo que aconteçam outros como esse por aqui e por todo o Brasil. Só vou pegar uma das coisas que me chamou atenção e desenrolar em palavras. Quem sabe assim eu consiga entender melhor isso que ficou na minha cabeça.

Bom, o card foi longo, primeiro tiveram as lutas preliminares com mais KOs e TKOs do que eu esperava – outro assunto que eu gostaria de desenrolar, quem sabe mais pra frente.

Depois, a parte mais esperada, o duelo entre paulistas e cariocas valendo cinturões da Copa Titanium.

O que eu vi nesse evento?

As três primeiras lutas,  os paulistas entraram com Mongkon, fizeram Wai Kru e o Ram Muay ao som do Sarama. Os cariocas não.

Fiquei pensando qual impacto a questão da tradição do Muaythai poderia causar nas lutas em si, para além da sorte que os amuletos trazem ou para o respeito que o lutador presta ao seu treinador.

Saulo

O atleta Saulo Salge, melhor luta da noite na minha humilde opinião, após fazer o Ram Muay

Estou falando de pessoas que tentam viver o Muaythai aqui no Brasil como os Tailandeses vivem lá. De chegar o mais próximo da raíz o possível, de chegar mais próximo da perfeição de uma única modalidade.

Das 5 lutas, 3 vitórias para São Paulo e 2 empates.

Eu, infelizmente, perdi parte da penúltima e a última luta. Estava cansada, carona indo embora, sabe como é, né? Mas mesmo assim seguirei aqui com a teoria. Lembre-se, você é livre para discordar e contra argumentar. E eu sou aberta para mudar, caso me mostre concordância nos seus pontos.

Uma equipe de um determinado Estado ganhar um campeonato brasileiro, pra mim, não significa que aquele Estado está representando aquele esporte no país. Mas em 5 lutas, um estado não levar nenhuma parece que diz algo. O que fez tanta diferença entre os paulistas e cariocas na noite daquele sábado? O que tem acontecido na história do Muaythai no Brasil e em suas regiões que culminou na diferença de resultados?

Não te parece que diz algo sobre o cenário paulista e carioca no Muaythai?

Não vivo Muaythai há muito tempo, mas tenho conversado com quem vive. É notável que São Paulo e principalmente a cidade de Santos tem buscado informação e aperfeiçoamento, principalmente de treino há anos. E sábado ficou nítida essa evolução.

Então, pra mim, usar Mongkon, fazer o Wai Kru e o Ram Muay sejam as provas que tem equipes preocupadas em buscar o Muaythai autêntico.

Estar mais próximo da tradição é, inclusive e principalmente, fazer treinos como se faz na Tailândia, reparando e apurando técnicas pra chegar mais próximo de como eles fazem por lá. E isso fez diferença dentro do ringue.

O Rio, como diz a música, continua lindo, e aparentemente na mesma. Uma pessoa me disse que uma parcela dos cariocas quer evoluir também, mas tem outra insistindo em fincar âncora num sistema, que possivelmente, não suportará a evolução que já começou a enfrentar, como aconteceu na V Copa Titanium.

Talvez, por tanto, eventos como esse sejam importantes justamente para fazer com que as equipes de Muaythai se vejam, se enfrentem, se avaliem e assim, busquem evolução. Quem fincar âncora, vai ficar pra trás, não tem jeito.

Técnica, gás, força, equilíbrio, postura, tudo isso define a luta, e se existe gente treinando fora dessa curva, não vai ficar na estrada.

Mas não nos esqueçamos: a modalidade tem caminhado muito, mas ainda não chegamos lá. Buscar mais informações sempre, trocar mais conhecimentos sempre.

Por exemplo, vi equipes colocando o Mongkon nos atletas depois do término da luta e isso, até onde eu sei, é errado. Não se faz na Tailândia – a busca tem que ser contínua.

Eu não tô dizendo que sei tudo, aliás eu só estou aqui escrevendo neste blog por não saber nada e minha ânsia por saber me faz pesquisar muito. E talvez juntos, a gente construa esse Muaythai verdadeiro cada vez mais.

Espero mesmo que eventos grandes como esse aconteçam mais vezes. A competição pode traçar níveis, limites para irmos além. Ou seja, torneios assim só pode nos fazer crescer.

Quem publicou?

Paula Yurie

Estudante e Ex-lutadora de Muaythai, mora na Tailândia, já foi patrocinada pela Tiger Muaythai e é blogueira do Acervo Thai.
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