Um ex-comando das forças especiais de Israel foi preso na ilha tailandesa de Koh Phangan por trabalhar ilegalmente como guia turístico — atividade que é estritamente proibida para estrangeiros no país. Identificado apenas como David, de 45 anos, ele foi flagrado conduzindo um grupo de crianças por atrações como o Wat Maduea Wan e a Cachoeira Wang Sai, sem qualquer tipo de autorização oficial.
Segundo as autoridades, David promovia seus passeios por meio de um grupo no WhatsApp chamado “Nature Trips with Uncle” (“Passeios na Natureza com o Tio”), cobrando até 8.000 baht por semana pelos serviços. A prisão ocorreu após diversas denúncias feitas por profissionais do setor turístico local, que alegaram concorrência desleal e exercício ilegal da profissão.
Na Tailândia, há uma legislação rígida sobre atividades profissionais que são exclusivas para cidadãos tailandeses, com o objetivo de proteger o mercado de trabalho local. Entre os trabalhos proibidos para estrangeiros estão:
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Atuar como guia turístico
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Trabalhos manuais/artesanais tradicionais
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Motorista de táxi ou mototáxi
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Vendedor ambulante
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Trabalhos agrícolas ou de pesca não especializados
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Cabeleireiro ou barbeiro
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Serviços de massagem tradicional tailandesa
O caso de David reacende o debate sobre a atuação de estrangeiros em setores protegidos pela lei tailandesa, especialmente em pontos turísticos, onde a fiscalização costuma ser mais intensa durante períodos de alto fluxo de visitantes, como o festival de Songkran.
As autoridades locais confirmaram que ele será processado por trabalho não autorizado e operação comercial sem licença, e destacaram que investigações adicionais estão em andamento para identificar outros estrangeiros que possam estar violando as mesmas regras. O governo tailandês tem reforçado as medidas para coibir práticas ilegais e preservar a imagem do país como um destino turístico seguro e legalmente estruturado.