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O retorno aos ringues – superação e inspiração

Com Ana “Valente” e Tainã “Ursa” Duarte falando sobre o retorno ao ringue

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Publicado em 25/04/2022

Se você acompanha Muay Thai há algum tempo com certeza os nomes Ana “Valente” e Tainã “Ursa” Duarte, já passaram nas suas redes sociais. Protagonistas de diversos campeonatos e   de alguns cinturões, essas duas atletas tem mais uma coisa em comum, ambas estão voltando prontas para retomar seu lugar de campeã, depois de uma pausa nas competições! E eu tive o prazer de conversar com elas e trago para vocês um pouco dessa jornada de retomada aos ringues de duas atletas destaques de suas categorias.

Ana “Valente” e o treinador Lucas Wallace

Mas se começar não é fácil, recomeçar não é diferente!

É assim que começa o bate papo com a Ana!
A história da Ana sempre foi cercada de Muay Thai, praticando desde muito nova, ela começou a competir pela Soldados do Rei pelo treinador Marcos Rocky, com apenas 16 anos de idade e nos 3 anos que competiu, de 13 lutas teve 9 vitórias (Sendo 4 por nocaute). Em 2018 após uma amarga derrota, tirou um tempo para  se dedicar a cursar a faculdade de educação física, “é chato parar com a derrota”, mas ela já sabia sobre a complexidade de conciliar estudo e treino profissional, quando em 2016 cursou dois períodos de Jornalismos e comenta

“Eu quero me dedicar no que eu estiver fazendo, 100% para aquilo, e no período que tiver cursando eu vou me dedicar 100% a isso, então vou dar um tempo da luta”

Cursando Educação física a Ana, nunca se afastou do esportes, mas foi em Junho do ano passado quando o Erick “Espirro”(seu marido) se tornou proprietário do @CNBOXSANTOSZN , proporcionou que ela pudesse trabalhar no local e em Outubro, em acordo com o treinador o Lucas Wallace da Fênix Top Time, trouxeram o treino principal da equipe para o box, onde quando não está dando aula, está treinando ou cuidando do andamento do espaço. Aproveitei e a perguntei sobre como a faculdade agregou na sua rotina de treinamento,
“nossa agrega demais, agora a gente entende os processos fisiológicos… a periodização adequada para cada coisa, tem momento de acelerar, tem momento de respirar, a gente aprende a respeitar nosso corpo”

E sobre a retomada a rotina pergunto, o que é mais desafiador neste processo a retomada do corpo ou da mente? E sem  dúvida o psicológico ganha destaque. Nesse meio tempo a Ana teve uma perda importante na sua vida, em maio de 2021 a Ana perdeu seu maior torcedor e incentivador, seu pai. E principalmente nesse momento ela cita da importância do esporte em sua vida, como forma de equilíbrio, e da importância de honrar todo o incentivo que ele sempre deu a ela, se dedicando em cada treino.

“É como se estivesse estreando de novo, o corpo já desacostumou”  e sobre seu preparo de dieta ela comenta “Minha luta é sempre o contrário da galera, tô lutando pra ganhar peso né”  e entrando no mês pré-luta comenta que inicia a suplementação de hipercalórico, é cansativo, a obrigatoriedade nunca é fácil.

Sobre o que ela sente de mudanças após este tempo afastada das competições, ela cita que o amor a luta ficou muito claro, “Eu dou muito mais valor a cada segundinho que eu estou lá treinando, e consigo dar muito mais valor pois eu sabia como eu era feliz ali”. pensando no amor a luta, perguntei: O que significa lutar para você?
O momento que estou no ringue é sempre muito especial. Depois de passar por situações tão difíceis durante a preparação, representa um momento de glória. A hora de se testar, de dar orgulho aos nossos treinadores, parceiros, família, e a todos aqueles que fazem que nosso sonho seja possível de ser vivido. São tantas inseguranças, medos e imprevistos que surgem no caminho, que chegar lá já é uma grande vitória. Mas quando a gente obtém o resultado esperado. Ah… isso é indescritível.

Pedi pra ela uma dica pra quem está lendo essa matéria e quer voltara as lutas ou pegar firme nos treinos e ela falou da importância de saber o que quer, dar seu melhor todos os dias, e que não tem atalho, é se agarrar e se dedicar. E por último conversamos sobre as inspirações da Ana ela cita atletas que começaram antes dela e persistem até hoje e cita nomes como a Carol Vilar (CT Altemiro), Duda Araújo (Leandro Bang MT), Allycia Araujo( Phuket Figth Club) e claro nossa próxima entrevistada, a Tainã “Ursa” Duarte (Zero Treze).

Tainã Duarte – Portuários Stádium

A Tainã é símbolo de força!
Ser mãe, ser competidora, ser professora, ser universitárias, são tantas mulheres em uma só, como dar conta disso tudo?
Rede de apoio é a resposta, e claro “não dá para fazer tudo 100%, mas com jogo de cintura a gente vai se acertando, mas tá punk, acho que eu nunca estive tão exausta na minha vida”

Com 31 anos a Tainã  compete desde os 20, sua última luta foi em Outubro de 2018 e em Janeiro de 2019 descobriu que estava grávida, seguiu treinando até o fim da gravidez e dois meses após o parto estava novamente no tatame, porém veio a pandemia e seus consequentes resguardos, e os planos do breve retorno ao ringues foram modificados, chegando a ter momentos que realmente não achou que conseguiria um dia voltar a fazer o que ama.

Pergunto pra ela o que mudou deste preparo físico para os demais anos, a resposta: ”descanso, agora com o Bento, ele que determina o tempo de descanso.” Depois de um ano sem treinar para retomar ao seu preparo ela salienta que “o retorno aos treinos foi gradual …recalibrando os treinos depois de muito tempo parada”

E sobre o que é mais difícil de retomar a mente ou corpo de atleta, ela me disse:
“Corpo, mente já está 100% de atleta! Mas o corpo tem seus danos, não é por peso, pois já consegui retomar ao peso normal, mas o corpo com mudanças, mais anos e lesões… e o corpo estava acostumado a treinar de um jeito, que hoje o corpo não responde mais, eu era mais nova, já se passaram 4 anos, isso é bastante no tempo na carreira de uma atleta. Eu tô me reinventando, pra ser uma nova lutadora para falar a verdade.”

E sobre o maior medo dessa nova fase?

“Perder, era antes e é agora, não mudou, odeio perder”



E atualmente  a Tainã está cursando a Faculdade de Educação Física, e perguntei pra ela sobre como o estudo impactou seus treino e assim como a Ana, ela mencionou (o estudo) “ abre a cabeça pra muita coisa, quebra paradigmas, tem certos hábitos que encurtam a vida útil” e somou “ acho que se o Muay Thai  tivesse mais conhecimento cientifico, pra gente que é atleta os processos seriam melhores, menos doloridos, a gente usa muito e cuida pouco.”

E pedi pra me contar um pouco sobre o que é lutar pra ela, “eu gosto dessa loucura, de ter o compromisso, comer como um atleta, pensar na minha saúde, no meu rendimento, ter um objetivo me faz me sentir viva. Não que eu não goste de ser mãe do meu filho, mas eu não consigo me ver sendo só mãe, só professora. Eu senti muita falta dessa adrenalina, dessa vontade de superar eu mesma. Eu consigo, mesmo fazendo mil, coisas, tendo outro ser humano dependendo de mim,  mesmo assim eu consigo me organizar, pra me valorizar, me sentir útil.”

E reforça que não gosta de treinar por treinar, o objetivo, o foco na luta é o que motiva ela constantemente a ir ao mesmo treino, não de repente treinar outras modalidades e atividades.

Emendamos então, no como ser lutadora virou parte da personalidade dela e como é difícil estar desvinculada a isso e fala “Chega ser danoso isso, pensar se eu não for lutadora, o que eu vou ser da  minha vida? Se eu não for isso eu não vou ser nada? Eu já tive uma lesão que me deixou um ano parada e me trouxe em depressão…Hoje eu sei o quanto eu gosto de lutar mas, mas se nós atletas, ficarmos muito só nisso, deixa a gente com a cabeça meio doente sabe? Se acontece alguma coisa? Se der errado? Se eu não conseguisse mesmo voltar? Se você tiver uma lesão muito f*** e não se recupera? A gente fica se sentindo uma merda porque a gente não tá fazendo o que a gente gostaria” e sem dúvida tem que ter muito preparo mental.

Pra terminar pedi pra ela comentar um pouco sobre a mudanças de cenário neste tempo que estava parada e também dar uma dica pra quem está querendo retornar a prática/lutas de Muay Thai.
Ela destacou a categorias femininas mais leves, de 50 a 52 kg que veem vindo fortes, com muita técnica e com contundência.
E para quem está voltando, aprender a não de desesperar, respeitar o processo, mas sem deixar a chama morrer!

E eu finalizo essas duas entrevistas com muita gratidão por poder aprender e conviver com duas atletas que me inspiram tanto, por uma trajetória longa de perseverança de fazer o que amam e passarem pelas adversidades e estar lá, dando a cara para bater!

Próxima luta de Tainã Duarte

 

Próxima luta de Ana “Valente”.

 

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Quem publicou?

Jessica Deca

Praticante e amante do Muaythai, trabalha com comunicação e é blogueira no Acervo Thai.
Parceiro de mídia oficial no Brasil
WBC Muaythai Brasil

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