Por Ana Valente
“Canhoto”: Qualquer adversário será difícil, mas estou bem preparado
O goiano Layssom “Canhoto” Martins não sente o gosto da derrota desde 2013
Layssom “Canhoto” Martins, de 25 anos, conheceu o muaythai tradicional há quatro anos. Na época treinava outras artes marciais e não tinha interesse pelo o que identificavam como boxe tailandês em seu município. “Só conhecia o thai ratoeira, enganoso e achava estranho”, lembrou. Até que um dia, por meio de um sparring contra um cara recém chegado na academia, ‘depois de tomar muitos chutes nos braços’, surgiu o interesse de aprender sobre a modalidade, esse cara era o renomado Jack Thai – um dos poucos em Goiânia que conheciam o berço do esporte, a Tailândia.
Mais tarde, em janeiro de 2014, Jack inaugurou a Dream Fighters e desde a fundação Layssom está integrado ao time de competidores. E, partir daí rolaram muitas lutas e glórias, ao todo 16 vitórias e apenas uma derrota. Conhecido entre o público do Portuários, o atleta deu show recentemente em nossa arena, quando venceu Fernando Claro (K1 World Fighters) em setembro (assista aqui). Com isso, consolidando que a região Centro-Oeste se tornou uma das maiores potências de muaythai do País.
O atleta, que não sente o gosto amargo da derrota desde 2013, quando enfrentou Caique Boca (Nakmuay Team) e pretende se manter assim “estou muito tranquilo, qualquer adversário será difícil, mas estou bem preparado para os combates. Tenho certeza que todos nós iremos protagonizar um ótimo show”.
“Pesadelo”: Se Deus quiser, voltarei com mais essa conquista para casa
De Caculé para Santos, o mais jovem da disputa, de 17, Jonathas “Pesadelo”
Foi através de uma apresentação do treinador, Leo Sparta, que os olhos de Jonathas Batista dos Anjos Santos (Equipe Sparta Thai Boxing), 17, brilhou pela modalidade a primeira vez. Segundo ele, gostou tanto do estilo da arte e da dedicação dos alunos envolvidos que decidiu se juntar ao time e naturalmente surgiu a vontade de competir. De 2015 pra cá, foram dez lutas, sendo cinco vitórias por nocaute, o que indica a razão de ter sido apelidado como “Pesadelo”.
Jonathas considera a disputa do GP Golden Talents, que o consagrou como o melhor da categoria até 63,5 quilos do Nordeste, o principal título na carreira. As lutas protagonizadas por “Pesadelo” foram memoráveis, das três disputas, duas venceu por nocaute, inclusive a classificatória contra Lucas Luz, de Alagoas, definida aos 20s do primeiro round.
Além das eventuais despesas como dieta e reidratação, o caculeense têm um trajeto de 1.422 quilômetros até Santos para custear, mas os espartanos não se deixaram abalar pelas dificuldades, com o suporte dos amigos a primeira batalha, contra a crise financeira, foi vencida. Sobre a(s) batalha(s) do dia 10, “Pesadelo” assegurou ter feito o dever de casa e estar preparado para bater de frente com os adversários. “Pretendo fazer uma ótima apresentação nesse evento, estou treinando muito. Se Deus quiser, voltarei para casa com mais essa conquista”, concluiu.