Por Ana Valente
Saiyajin: Espero fazer grandes lutas e me consagrar campeão
Após reanálise da arbitragem Ramon Costa representará RJ na final do GP
Fugindo do clichê nacional do menino que cresce apaixonado por futebol, o carioca Ramon da Costa Furtado, mais conhecido como “Saiyajin”, de 20 anos, cresceu gostando de artes marciais. E, foi por indicação de um amigo do colégio em meados de 2015 que ele fez o primeiro treino da modalidade que futuramente iria se tornar sua profissão. De lá pra cá, ao lado da equipe Altamiro Fight Club (AFC), liderada por Renan Altamiro, foram 18 lutas e apenas cinco derrotas. Por pequena diferença, é o atleta que contempla mais lutas no cartel, entretanto, o mais leve do quarteto “minha categoria oficial é 60 quilos, mas quando aparece uma oportunidade boa eu caio para dentro”.
O representante da AFC é bastante conhecido no meio, entre as apresentações mais relevantes está na Copa Titanium, Thailand Tiger Fight em julho deste ano contra Caíque “Boca” (Nakmuay Team), no PMIF Muaythai Brasil quando enfrentou Daniel Morales (Mori Team) – dono do nossa cinturão cat. 60 quilos -, título brasileiro pela World Extreme Combat League (WECL) e GP do Fight For Honor, em 2016.
Depois de saber mais sobre o currículo de Ramon, pode-se concluir que ele está habituado a lidar com pedreiras, assim como foi na seletiva Rio para o GP. Na final, o adversário da vez foi Lincon Santos, da Equipe Nockdown Brasil, que acabou levando a melhor por erro da arbitragem. Mas, Ramon faz parte da pequena parcela nacional que tiveram resultados revogados. Renan Altamiro solicitou uma reanalise, que foi aprovada e depois de oito dias foi publicado uma nota de esclarecimento na página oficial do evento, com novas considerações do corpo de arbitragem (clique aqui para ler), direcionando a vitória para Ramon.
De volta ao páreo, “Saiyajin” retornou para disputa e com base nos dados da enquete realizada pelo Portuários é um dos favoritos do público, perdendo apenas para Jonathas “Pesadelo” (participe da enquete aqui). Tal como o público, o atleta dispõe de expectativas para os combates “espero fazer grandes lutas e me consagrar campeão”, afirmou.
Para manter invencibilidade, Matheus “Rayovac” finaliza a preparação treinando de domingo a domingo
Hora de repassar a trajetória de Matheus “Rayovac” Henrique, de 18 anos, do início do GP até a grande final. O representante do estado de São Paulo, da Equipe 013MT, definitivamente iniciou a disputa com o pé direito, ou melhor, joelho direito. Logo na primeira luta nocauteou Leandro K. Torre (FTT), a 1m e 32s do primeiro round, com um soco swing seguido de dois joelhos; um no estômago e outro no rosto, que apagou o adversário (assista aqui). A segunda luta do GP que seria contra Leandro Ogro (Strickers Mori Team) não ocorreu porquê o atleta do Mori, apesar do triunfo anterior, estava muito machucado para prosseguir. Com a ausência de reservas, Rayovac ganhou por desistência. Desse modo, o santista seguiu para a segunda fase que rolou no último Portuários (10/11) contra o campeão da chave B, Emerson Apache (Fabiana Belai) que chegou muito bem preparado, mas não foi suficiente para derrotar Matheus, coroado o melhor até 63,5 quilos de SP.
Além das lutas pelo GP, dia 3 de setembro, Matheus participou do Sip Sam Fight II e acumulou mais uma vitória. Desta vez, em cima do goiano Pedro Branquinho, da Dream Fighters, por decisão dos juízes. Equipe esta, que será representada na final do GP Golden Talents por Layssom “Canhoto” Martins, o que gera mais expectativa para com o desempenho do atleta do Jack Thai, líder da Dream, partindo da premissa que Canhoto tinha um sparring categoria até 63,5 quilos que lutou contra um dos possíveis adversários em sua melhor forma, já que o Sip Sam Fight não tem pesagem. Com as novas apresentações, Matheus somou a 14ª vitória e zero derrotas.
O jovem conheceu o muaythai ainda criança, aos 12 anos, mas nem sempre teve condições financeiras para treinar, mas graças aos olhos apurados para encontrar novos talentos do treinador da 013MT, João Fernandes, isso logo mudaria. Aos 15, Matheus foi integrado ao time de atletas como bolsista, e fez e ainda faz valer o investimento com ótimos resultados e dedicação diária. Em apenas 3,5 anos na modalidade, “Rayovac”, enquanto sub-17 derrotou fortes nomes dos circuitos 60 até 63,5 quilos, entre eles Victor “Alemão” (OMTT), Bruno Kit Kat (Sobral Fight Team) e Douglas (King Thai). E para manter os bons resultados, na reta final Matheus está treinando de domingo a domingo.