O espírito competitivo e suas prisões
O espirito competitivo, que faz um atleta lutar muito para ganhar uma competição e não se abalar com eventuais dificuldades pode ganhar vários nomes: “sangue nos olhos”, “faca nos dentes” e “libertar o leão da jaula”.
Vamos usar aqui a analogia “libertar o leão da jaula”.
Muitos atletas são como leão na jaula. Só que essa jaula não é feita de barras de ferro, e sim de obediência a regras tolas e maus conselhos, do sentimento torturante de ficar analisando as próprias ações em excesso e preocupando-se constantemente com o que pode dar errado.
Sempre que fica em sua jaula, uma pessoa não usa seus instintos básicos de competir, acaba perdendo-os, porque instintos precisam ser exercitados. Ou o leão é mantido solto na savana, ou o atleta nunca vai se tornar um campeão de verdade.
O atleta para ser leão, nunca deve competir com ninguém, só consigo mesmo. Ele é como um predador de si, para hoje ser melhor que ontem, e amanhã, melhor que hoje.
Um fica aos colegas treinadores: faça seu atleta a fazer o que não gosta todos os dias. Isso mostrará para o próprio atleta que ele é o rei da selva, se ele também puder sacrificar algo.
É fundamental que o atleta busque competir sobretudo consigo mesmo para perder o medo do fracasso. Uma das jaulas mais apertadas para a maioria dos competidores é o medo.
Há coisas que um atleta não pode controlar nas competições. Então ele só pode pensar no próprio processo. Tem de se esforçar para ser melhor nas coisas que controla.
E para finalizar… outro impulsionador do Leão Competitivo é o treinador nunca tratar um atleta de modo diferenciado (principalmente se ele for um jovem talento). Ele tem de receber o mesmo tratamento dispensado a todos. Nunca deixar transparecer que ele é especial.
- texto colaborativo do leitor Júlio Souza