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Comissões de Arbitragem se unem em prol do Muaythai no Brasil

Representantes de arbitragens entendem a necessidade de se adaptar a nova realidade praticada no esporte para proteção de atletas.

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Publicado em 19/07/2024

Recentemente, durante a 5ª edição do evento Maximum Muaythai, realizado na cidade de São Paulo, uma decisão da arbitragem causou confusão entre os espectadores. Na luta entre Kaique e Sombra, um chute não intencional de Kaique na região da virilha de Sombra (visando a parte interna da coxa) levou o adversário ao chão, demonstrando muita dor. A arbitragem concedeu a Sombra 5 minutos para se recuperar. Após esse tempo, iniciou-se uma contagem de 10 segundos e, ao final, foi decretado nocaute.

Essa decisão gerou um grande debate na internet devido à falta de informação sobre as regras profissionais do muaythai. As regras são regulamentadas na Tailândia pela “Board of Boxing Sport Regulations”, com a última revisão em 2013. Todos os estádios e eventos na Tailândia, assim como entidades, seguem essas regras sem exceção, embora haja momentos de interpretação por parte dos árbitros, similar ao futebol.

É importante salientar que golpes intencionais nas costas (coluna ou nuca) e na genital do adversário são ilegais. Regras profissionais podem sofrer alterações conforme determinação da Comissão de Boxe da Tailândia. Por exemplo, até o final dos anos 1990, era permitido agarrar a perna do adversário e cruzar o ringue, ou até mesmo arremessá-lo para fora. Devido ao risco de acidentes graves, a regra foi alterada para limitar a 2 passos antes de golpear ou largar.

Com a evolução do esporte, exemplificada por eventos como RWS (Rajadamnerm World Series) e ONE Championship, as entidades brasileiras seguem essa mesma visão de progresso. Não se trata de “mudar a regra”, mas de entender a necessidade de evoluir e se adaptar, focando na preservação dos atletas. A visão de que lutadores devem se sacrificar até o fim levanta a questão: quem pagará pelo tratamento dos feridos? Você?

Assim, as entidades de arbitragem brasileira – AMTI (Associação de Muaythai Internacional), FMT-SP (Federação de Muaythai Tradicional em São Paulo), FEPLAM (Federação Paulista de Lutas e Artes Marciais), Federação Paulista de Muaythai – Boxe Tailandês, CBMT-BT (Confederação Brasileira de Muaythai – Boxe Tailandês) – se uniram em prol do muaythai, buscando melhorias principalmente para os atletas, ou seja, buscarem compartilhar e estudarem informações de forma unida para que todos possam executar um trabalho mais uniforme, tendo como base a regra e o livro de regras “Board of Boxing Sport Regulations”.

Assinam esta união os diretores de arbitragem:

  • Federação de Muaythai Tradicional em São Paulo – Rogério Nobre Soares
  • FEPLAM – Douglas Lopes
  • Federação Paulista de Muaythai – Boxe Tailandês – Mattias Lars Goran Volmhagen
  • AMTI – Paulo Carvalho
  • LAMTPRO – Robson Lins (arbitragem responsável Attack Fight)
  • CBMT-BT – Wilson “NB” F. Silva

   

Vídeo de explicação sobre a união

Conclusão

A decisão controversa na 5ª edição do Maximum Muaythai em São Paulo destaca a importância de uma compreensão clara e consistente das regras do muaythai entre os árbitros. Embora já existam entidades responsáveis por eventos, organização por estado e arbitragem, é visível a falta de um elo que conecte todos esses trabalhos de forma transparente, visando auxiliar a comunicação entre os profissionais do esporte.

Iniciativas de grupos distintos em busca de união e troca de informações em benefício do esporte demonstram que o muaythai realmente evoluiu no nosso país. É possível ter esperança em um cenário mais favorável para todos trabalharem juntos. Entidades e profissionais que se consideram donos da razão ou que mantêm trabalhos engessados, sem comunicação com outras organizações do esporte, ficarão cada vez mais isolados, menores e sem expressão nacional.

A evolução contínua das regulamentações, focando na segurança e preservação dos lutadores, é essencial para o desenvolvimento saudável do esporte. As entidades brasileiras de arbitragem demonstram um compromisso conjunto com essa evolução, promovendo melhorias que beneficiam os atletas e garantem a integridade das competições. É fundamental que todos os envolvidos no muaythai se mantenham informados e adaptáveis às mudanças, garantindo assim um futuro promissor e seguro para este esporte tradicional e dinâmico.

Espaço Aberto

A União permanece aberta a todos os grupos de arbitragem do Brasil que desejem se juntar e contribuir para o crescimento e fortalecimento da arbitragem de Muaythai no país. Diretores de arbitragem interessados em ingressar na união para estudar e compartilhar informação, devem entrar em contato com Paulo Carvalho da AMTI para mais informações.

Fontes para pesquisa a respeito da regra profissional:

Quem publicou?

Tiago Simão

Editor Chefe Acervo Thai Brasil, fundador da revista Muaythai Em Foco e apresentador do Podcast Muaythai Debate. Trabalha na área de Marketing do setor da construção civil.
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